quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Anti-Meteoro

Ou a pedra que se apaixonou por uma estrela.

Ninguém pode me parar agora.
Daqui vou para o infinito.
Pra cima, pra cima.
Para o sem-fim.

Tudo que me prendia está caindo aos poucos.
Não suporta a luz que emano agora.
Não quero saber de mais nada.
Nada disso me pertence.

Pra cima, pra cima.
Até onde vou?
Não quero saber.

Minhas mascaras estão a cair devagar.
Estou recuperando meu rosto.
Recordando a alegria.
A verdade.

Minha pele queima e se regenera.
O mundo é vermelho e preto.
Estou nascendo novamente.
Renascido em chamas.

Não quero saber.
Pra cima, pra cima.
Até onde vou?

Quando olharem pra cima verão um anti-meteoro.
Queimando e subindo, no exato oposto.
Uma estrela ascendende.
Até o céu.

E me postarei no firmanento entre deuses e guerreiros.
Do lado da minha estrela, o meu combustível.
A estrela que iniciou minha ascensão.
Lá não podem me alcançar.

Até onde vou?
Não quero saber.
Pra cima, pra cima.

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