sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Let me do it.
Let me try.
Let me down.

Só eu sei o que faço.
Posso voar até a lua, me afundar em um buraco.
Eu fiz, eu quero.

Meu corpo é de aço,
Eu destruo quem ataco,
todos aos meus pés.

Aos meus pés,
Às minhas ordens,
Ao meu comando.

Não quero saber quem vc é.
Vc não vale nada
sem mim.

Eu sou eu.
Sou o dono do mundo.

Let me do it.
Let me try.
Let me down.

Do alto do meu ego
eu não caio
Nesse mar de cegos
Eu sou o único a pensar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

piada

Hahahahahahaha!
Eu sou uma piada.
Uma piada engraçada muitas vezes
Uma piada de mal gosto em outras
Uma piada
Uma piada tentando ser uma comédia
hahahahahahahahahahahahaha
Uma piada correndo atrás da lua
Uma piada com um coração do tamanho de um balão
Uma piada
Uma piada brincando de viver
Uma piada tanto tiros para o alto
Uma piada marcando gols na parede
Uma piada
Uma piada que ri, ri de si mesma

Pois, se há uma virtude em ser piada, é poder rir
Rir e não ter medo de provocar risos alheios
Ora, se não é para isso que serve uma piada?
Então, eu sou uma piada
Escarrada, cuspida e pisada
Suja de óleo e lama
Uma piada
Uma piada que ri, ri feliz
Afinal, eu sou uma piada

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

20/02/2004

Lembro da última vez que minha mãe deixou minha casa.
Eu estava no sofá, ela saiu e quase não se despediu de mim, estavamos brigados por qualquer idiotisse adolescente.
Há muito tempo ela convivia com os sintomas que a levaram ao médico, outras visitas resultaram em remédios e motivos mal explicados, ao menos à criança que eu era. Ela nunca mais voltou.
Não me lembro quanto tempo durou, mas me dói mais que qualquer coisa no mundo lembrar de vê-la no hospital em Cachoeira, no quarto mais próximo da rua que sobe à casa de meu pai. De ir pra São Paulo e jogar talco nas costas que não mais sairiam da cama, de vê-la de cabelo curto, chorando ao nos despedir, de dizer que nunca a julguei uma mãe ruim.
E de receber a notícia no trabalho ao meio dia de uma sexta-feira de carnaval.
Eu sei que ela sofreu muito mais do que eu, sei que não sou o único a chorar por ela.
Eu daria um pedaço da mim, da minha vida pra revê-la, poder chorar no seu colo e saber se eu pude deixá-la feliz com tudo que fiz depois, e dizer que eu morro, mas eu nunca deixarei de ser filho de Gisele.

sábado, 9 de agosto de 2008

Idades

Quando eu era criança queria ser jogardor de futebol, ser astronauta, ser adulto.
Adolescente, pensava na próxima festa, no próximo copo de qualquer mistura imprópria, pensava na próxima garota a ser conquistada, em quantas já haviam sido.

É engraçado como a vida passa, como as pessoas passam, como tudo um dia acaba mudando.

Lembro de quando fazia pré-escola.

Lembro de quando ganhei uma mochila de rodinhas, de como queria ter uma agenda eletrônica, de comprar milhares de figurinhas pra tentar completar um álbum.

Lembro quando ganhei meu primeiro video-game, de treinar tanto pra terminá-lo.

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Quando eu for velho?
Serei velho e só.
Mas não serei sozinho.
Terei toda minha vida, vivida.
Cada pessoa, cada fase, cada mudança.

Serei minha tia da pré-escola,
minha mochila de rodinhas,
meu primo, os carrinhos de rolimã
e os acampamentos no quintal.

Serei junhinho bill, jujuba, minha mãe.
Cada casa que morei, cada dia sem lanche pra guardar dinheiro.
Cada partida de futebol contra a parede, cada narração à Silvio Luiz.

Serei minhas brigas na escola,
minha primeira paixão.

Serei todas as bebedeiras,
as brigas no futebol do intervalo
e as brigas pelo ventilador.

Os condensados reader's digest.
Júpiter e Hércules.
Potter e Tolkien.
Son Goku e Peter Parker.
Legião Urbana e Pearl Jam.

Rio de Janeiro, Vitória, Porto-Seguro,
Salvador, Aracaju, Maceió e Recife.

Serei Riberto, Gisele, Raul, Priscila e Júnior.
Rose, Flávio, Aline e Adriano.
Ângela e Jorge.
Dafine.
E poderei morrer, feliz.

domingo, 22 de junho de 2008

Única

Um baile.

Um perfil, um mensageiro.

Um encontro, um medo.

Um persistente, um não.

Um beijo.Um beijo.Um beijo.

Um sim.

Um fim, um recomeço.

Um Amo.
Única. Única. Única. Única. Única. Única.

Apenas o começo.

sábado, 10 de maio de 2008

Small Town

Pensamentos e sentimentos se vão
Posses, acontecimentos e feitos são perdidos
Pessoas esquecidas, lugares fogem à memória

Podem me esquecer
Posso dizer que fui eterno
Posso dizer que amei

Perco meus olhos
Perco meus braços
Perco-me todo

Podem me esquecer
Posso dizer que fui eterno
Posso dizer que amei

sexta-feira, 18 de abril de 2008

AcordoPensoDurmo

Acordo quando já não consigo mais dormir
A cama não me suporta.
Há tempos não durmo tanto.

Penso em como vivia e como vivo
Penso tanto que não durmo mais.
Meu corpo não me suporta.
Há tempos que não durmo direito.

Devaneios

As cartas estão na mesa, o jogo está aberto.
Tenho um rei e uma dama de copas, juntos na minha mão.

O que dizer?
Quando não a nada a se falar.
Tudo já é conhecido.

Já foi-se o tempo, agora não é como antes.
Tudo está diferente, tão diferente.

Não escondo nada, não posso mais esconder
Cada pedaço meu está aberto pra leitura.

Uma mão procura a outra
Estão juntas quando estão tão separadas.
Corpos se misturam em uma dança.

domingo, 2 de março de 2008

Sem Fim, Sem Nome

Não me faça pensar que você é mais do que eu imagino
Imagino, eu penso, eu falo, não faço
Faça o que você quiser, você não pensa, não fala

anotações de caderno antigo 2

Amanha

Eu quero mais do que sinto
Mais do que sou
Penso no que faço, sinto o que vejo
Alcanço o futuro atraves do passado
Viajo no tempo sem ao menos pensar
O amanhã já chegou, eu quero o futuro
Quem sabe amanhã

anotações de caderno antigo 1

Rimados

Eu não sei, ninguem sabe
Ninguem nunca me explicou
Como pode alguem sobreviver depois que amou?

Após ter seu coração cheio a ponto de explodir
De sempre se sentir sozinho sem a presenca do amado
Mesmo tendo sempre alguem ao seu lado?

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É o máximo que arrisco em rimas.
Melhor parar por aqui.
;^)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Juramento

Farei valer

Cada segundo de espera
Cada momento sem minha presenca

Cada palavra não dita
Cada beijo não dado

Cada toque não realizado
Cada encontro não possivel

Cada pensamento não compartilhado
Cada olhar

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento."

Corpo

E então
o meu se juntou ao seu
Como se nunca tivessem sido separados
Misturando-se, amando voluntariamente
Agora já não sei como era antes
o seu sempre fez parte do meu
o meu vivia sem uma parte
Agora eu nasço e morro continuamente
Nascendo ao me completar
Morrendo ao me distanciar

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Anti-Meteoro

Ou a pedra que se apaixonou por uma estrela.

Ninguém pode me parar agora.
Daqui vou para o infinito.
Pra cima, pra cima.
Para o sem-fim.

Tudo que me prendia está caindo aos poucos.
Não suporta a luz que emano agora.
Não quero saber de mais nada.
Nada disso me pertence.

Pra cima, pra cima.
Até onde vou?
Não quero saber.

Minhas mascaras estão a cair devagar.
Estou recuperando meu rosto.
Recordando a alegria.
A verdade.

Minha pele queima e se regenera.
O mundo é vermelho e preto.
Estou nascendo novamente.
Renascido em chamas.

Não quero saber.
Pra cima, pra cima.
Até onde vou?

Quando olharem pra cima verão um anti-meteoro.
Queimando e subindo, no exato oposto.
Uma estrela ascendende.
Até o céu.

E me postarei no firmanento entre deuses e guerreiros.
Do lado da minha estrela, o meu combustível.
A estrela que iniciou minha ascensão.
Lá não podem me alcançar.

Até onde vou?
Não quero saber.
Pra cima, pra cima.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Fé/Sete Cidades

Eu acredito em você.
Acredito em mim.
Acredito em nos.

Somos mais fortes juntos.
Já me acostumei com a sua voz, seu rosto.
Longe de voce, sinto falta de mim mesmo.

Eu acredito em você.
Acredito em mim.
Acredito em nos.

Voce é capaz de me fazer rir,
De me fazer pensar.
E eu não paro.

Eu acredito em você.
Acredito em mim.
Acredito em nos.

Nem tudo faz sentido,
Não entendo o que sinto.
O que importa é que sinto.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Alegria

Alegria.

Alegria é saber.
Saber que um dia você chorou por mim.
Mesmo que eu nunca quisesse ter te visto assim.

Alegria é ver.
É te ver ao meu lado.
Ver a cor de seus olhos.
E lembrar que sempre estarei bem enquanto eu puder vê-los.

A minha alegria é você.
Seu jeito de ser, de viver.
Seu jeito de fingir que não sabe.

Alegria é dizer.
Dizer que você não sai da minha cabeça.
Isso me faz bem.
E eu não quero que termine. Nunca.